Quando chega por volta dos 11/12 anos, o ser humano principia um processo de mudanças físicas e psicológicas, que transforma a criança em jovem adulto. A este processo chamamos puberdade e marca a entrada na adolescência.
É aqui que se iniciam as paixões exacerbadas, muitas vezes sem sentido, que, na maior parte das vezes, instigam conflitos com os adultos, sejam eles pais, professores ou outras pessoas que tentem, de alguma forma, aconselhar o inexperiente jovem.
O corpo cresce a uma velocidade tal que não permite respectivo acompanhamento do raciocínio. Por essa razão, o adolescente é acusado de desastrado, de arrasa-montanhas, de não saber o que faz… Cada vez que se move destrói o que está à sua volta. Essa destruição abrange, por vezes, as relações de amizade que vêm quase desde o berço, sobretudo se se colocarem questões amorosas. Conselho é sinónimo de tentativa de controlo. Por isso, o adolescente afasta-se dele como se de uma praga se tratasse.
Portugal já entrou na puberdade.
Se considerarmos que o (re)nascimento da nação se deu em 1974, julgo ser lícito considerar que já entrámos nesta fase. Se não vejamos:
· Portugal está a mudar. Apesar de vivermos muitas mudanças no país, como a inovação tecnológica, a verdade é que a mentalidade não acompanha essas alterações. Os financiamentos só servem para usufruto de um pequeno grupo de privilegiados. Só o seu umbigo interessa, porque é à sua volta que o mundo gira.
· Portugal também se apaixonou exacerbadamente, numa paixão impossível, por aquela bela, mas inacessível nação que se chama América. Primeiro aproximámo-nos através do lixo gastronómico que dela emana. Depois, suspirámos cada vez que ela olhava para nós. Agora, seguimo-la cegamente, aonde quer que ela vá, acabando com amizades de sempre, menosprezando os conselhos de outros mais experientes (estados que já viveram a mesma situação e que se aperceberam que estas paixões são passageiras e, sobretudo, sem sentido).
· Portugal está desastrado. Nada do que faz lhe sai bem. Cada passo que dá destrói ou, pelo menos, deixa marcas irreparáveis. Mas esta destruição nota-se no seu interior, tal como qualquer adolescente que tenta modificar-se para agradar aos outros. As pessoas são maltratadas, enganadas, ludibriadas. Quando esse engano tenta ser desmascarado, o país começa logo a Marcelar (com a devida vénia aos professor Carlos Amaral Dias). Se uma empresa pública informa de forma pouco tendenciosa, a sua direcção de informação é levada à demissão porque, imagine-se, não são sujeitos a eleições e podem denegrir a imagem do governo, quando tentam ser isentos…A continuar assim desconfio que, dentro de pouco tempo, esta minha opinião estará repleta de traços azuis…
O Grande Adulto Português estará, provavelmente, pesaroso de ter concedido um doce ao país. É que esse doce está a revelar-se tremendamente amargo, provocando pavorosas indigestões. Mas pior do que assumir que é azedo, é insistir na necessidade de o consumir até ao fim, qual óleo de fígado de bacalhau.
É aqui que se iniciam as paixões exacerbadas, muitas vezes sem sentido, que, na maior parte das vezes, instigam conflitos com os adultos, sejam eles pais, professores ou outras pessoas que tentem, de alguma forma, aconselhar o inexperiente jovem.
O corpo cresce a uma velocidade tal que não permite respectivo acompanhamento do raciocínio. Por essa razão, o adolescente é acusado de desastrado, de arrasa-montanhas, de não saber o que faz… Cada vez que se move destrói o que está à sua volta. Essa destruição abrange, por vezes, as relações de amizade que vêm quase desde o berço, sobretudo se se colocarem questões amorosas. Conselho é sinónimo de tentativa de controlo. Por isso, o adolescente afasta-se dele como se de uma praga se tratasse.
Portugal já entrou na puberdade.
Se considerarmos que o (re)nascimento da nação se deu em 1974, julgo ser lícito considerar que já entrámos nesta fase. Se não vejamos:
· Portugal está a mudar. Apesar de vivermos muitas mudanças no país, como a inovação tecnológica, a verdade é que a mentalidade não acompanha essas alterações. Os financiamentos só servem para usufruto de um pequeno grupo de privilegiados. Só o seu umbigo interessa, porque é à sua volta que o mundo gira.
· Portugal também se apaixonou exacerbadamente, numa paixão impossível, por aquela bela, mas inacessível nação que se chama América. Primeiro aproximámo-nos através do lixo gastronómico que dela emana. Depois, suspirámos cada vez que ela olhava para nós. Agora, seguimo-la cegamente, aonde quer que ela vá, acabando com amizades de sempre, menosprezando os conselhos de outros mais experientes (estados que já viveram a mesma situação e que se aperceberam que estas paixões são passageiras e, sobretudo, sem sentido).
· Portugal está desastrado. Nada do que faz lhe sai bem. Cada passo que dá destrói ou, pelo menos, deixa marcas irreparáveis. Mas esta destruição nota-se no seu interior, tal como qualquer adolescente que tenta modificar-se para agradar aos outros. As pessoas são maltratadas, enganadas, ludibriadas. Quando esse engano tenta ser desmascarado, o país começa logo a Marcelar (com a devida vénia aos professor Carlos Amaral Dias). Se uma empresa pública informa de forma pouco tendenciosa, a sua direcção de informação é levada à demissão porque, imagine-se, não são sujeitos a eleições e podem denegrir a imagem do governo, quando tentam ser isentos…A continuar assim desconfio que, dentro de pouco tempo, esta minha opinião estará repleta de traços azuis…
O Grande Adulto Português estará, provavelmente, pesaroso de ter concedido um doce ao país. É que esse doce está a revelar-se tremendamente amargo, provocando pavorosas indigestões. Mas pior do que assumir que é azedo, é insistir na necessidade de o consumir até ao fim, qual óleo de fígado de bacalhau.
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