Moodle, Amor e Ecologia
O ano lectivo 2007/2008 foi o terceiro da utilização da plataforma Moodle na nossa escola, ainda que tenha sido o segundo de uma utilização mais continuada e sistemática. Já percebemos que esta plataforma veio para ficar e para ser utilizada nos mais diversos fins. Costuma dizer-se que o terceiro ano das relações é um ano de crise. Não diria que estamos nessa situação mas, sem dúvida, que o momento de encanto já passou. Já passámos da fase da Paixão arrebatadora. Desde cedo tínhamos percebido que o Moodle tinha uma forma de funcionar muito académica e distante dos nossos alunos adolescentes. Já tentaram colocar lado a lado uma página do Moodle e outra do Hi5? Os nossos alunos já… Os meus alunos tentam copiar texto de apresentação da sua página Hi5 para a sua apresentação no Moodle mas já perceberam que não obtêm o efeito desejado. E as palavras-chave? Há alguém que trabalhe com 3 ou mais turmas (eu trabalho com 7, todas do 3º Ciclo) e nunca tenha encontrado um aluno que diz que o computador não aceita a password?... E a culpa é sempre do computador (ou até do professor que, malandreco, não faz mais nada a não ser alterar as palavras-chave dos alunos)!!! Porém, como qualquer grande paixão, vamos relativizando os defeitos e dizemos que não serão eles a minar a relação.
Mas regressemos à nossa pseudo-crise… Quando houve formação contínua sobre o Moodle nas escolas, uma grande percentagem dos docentes investiu neste campo, preparou materiais e encontrou imensas virtudes nas práticas permitidas pela plataforma. Porém, este ano, no que diz respeito à formação contínua, foi bastante limitado. Se acrescentarmos o mal-estar que se viveu nas escolas com a publicação de legislação ao peso (mais à frente compreenderão o porquê da referência ao peso) e subsequentes alterações daí decorrentes percebemos que muitos dos que antes namoriscaram com o Moodle tenham feito dessa relação um simples amor de verão, que passou com a invernia que, entretanto, foi chegando.
Como é óbvio para todos, sem professores a utilizar o Moodle sistematicamente, os alunos também não afluem. Todos os anos eu trabalho com várias turmas no Moodle. Porém, também eu, este ano, trabalhei menos na plataforma. Ainda assim, ia publicando alguns materiais e lançando questões nos fóruns. No entanto, quando ia verificar quem tinha respondido, verificava que apenas um insignificante número de alunos tinha entrado na disciplina (alguns nunca chegaram a entrar).
Porque consideramos que o Moodle é bastante importante e bastante útil, vimos aqui apresentar uma forma que o departamento a que pertenço utilizou para revitalizar a plataforma. Por onde começar? Pelos professores, claro! Nesse sentido, começámos por criar uma disciplina para o Departamento. Não que seja grande novidade. Porém, este acto poderá encerrar muito mais importância do que parece à primeira vista: uma importância ecológica.
Nestes dias, fui pegar no índice do dossier do meu departamento (julgo que será igual aos dos outros da minha escola e em tudo semelhantes aos vossos) e comecei a contabilizar as folhas:
· Horários dos professores do departamento – 6 (somos o departamento mais pequeno)
· Convocatórias – 1 por mês
· Ordens de serviço – mais de 100
· Critérios de Avaliação – 4 folhas
· Legislação – 50 folhas (juntem a que saiu desde Janeiro e verão se é pesada ou não)
· Plano anual de actividades – cerca de 70 folhas
· Planificações curriculares – cerca de duas folhas por disciplina e por ano – 52 folhas
· Regimento interno 3 folhas
· Regulamento interno 104 folhas
· Projecto Educativo 34 folhas
· Avaliação de final de período – 10 folhas
· Matrizes de provas globais – 8 folhas
· Relatório anual de actividades – 5 folhas
· Materiais das disciplinas do Departamento – 30 folhas
· Documentação recebida – 20 folhas
· Cópias de Actas – 30 páginas
Não sei se alguém já conseguiu somar, mas eu digo: 535 folhas. Se multiplicarmos este número por 4 Departamentos, ficamos logo com uma ideia da quantidade de papel que gastamos.
Vimos aqui fazer uma proposta: vamos acabar com os dossiês de Departamento e transformá-los em dossiês digitais. O Moodle permite o nível de privacidade necessário e, além disso, coloca ao alcance de todos os professores os documentos importantes exigindo apenas um acesso à internet. Ainda que rapidamente, vamos observar o modo como o nosso departamento organizou a página, lembrando que este projecto ainda está em fase embrionária e, como tal, ainda tem bastantes falhas. (http://agpedrogao-m.ccems.pt/).
Desta forma concluímos o nosso tema recordando que nas relações em dificuldades, não há nada como um novo click para fazer reviver a paixão.
O ano lectivo 2007/2008 foi o terceiro da utilização da plataforma Moodle na nossa escola, ainda que tenha sido o segundo de uma utilização mais continuada e sistemática. Já percebemos que esta plataforma veio para ficar e para ser utilizada nos mais diversos fins. Costuma dizer-se que o terceiro ano das relações é um ano de crise. Não diria que estamos nessa situação mas, sem dúvida, que o momento de encanto já passou. Já passámos da fase da Paixão arrebatadora. Desde cedo tínhamos percebido que o Moodle tinha uma forma de funcionar muito académica e distante dos nossos alunos adolescentes. Já tentaram colocar lado a lado uma página do Moodle e outra do Hi5? Os nossos alunos já… Os meus alunos tentam copiar texto de apresentação da sua página Hi5 para a sua apresentação no Moodle mas já perceberam que não obtêm o efeito desejado. E as palavras-chave? Há alguém que trabalhe com 3 ou mais turmas (eu trabalho com 7, todas do 3º Ciclo) e nunca tenha encontrado um aluno que diz que o computador não aceita a password?... E a culpa é sempre do computador (ou até do professor que, malandreco, não faz mais nada a não ser alterar as palavras-chave dos alunos)!!! Porém, como qualquer grande paixão, vamos relativizando os defeitos e dizemos que não serão eles a minar a relação.
Mas regressemos à nossa pseudo-crise… Quando houve formação contínua sobre o Moodle nas escolas, uma grande percentagem dos docentes investiu neste campo, preparou materiais e encontrou imensas virtudes nas práticas permitidas pela plataforma. Porém, este ano, no que diz respeito à formação contínua, foi bastante limitado. Se acrescentarmos o mal-estar que se viveu nas escolas com a publicação de legislação ao peso (mais à frente compreenderão o porquê da referência ao peso) e subsequentes alterações daí decorrentes percebemos que muitos dos que antes namoriscaram com o Moodle tenham feito dessa relação um simples amor de verão, que passou com a invernia que, entretanto, foi chegando.
Como é óbvio para todos, sem professores a utilizar o Moodle sistematicamente, os alunos também não afluem. Todos os anos eu trabalho com várias turmas no Moodle. Porém, também eu, este ano, trabalhei menos na plataforma. Ainda assim, ia publicando alguns materiais e lançando questões nos fóruns. No entanto, quando ia verificar quem tinha respondido, verificava que apenas um insignificante número de alunos tinha entrado na disciplina (alguns nunca chegaram a entrar).
Porque consideramos que o Moodle é bastante importante e bastante útil, vimos aqui apresentar uma forma que o departamento a que pertenço utilizou para revitalizar a plataforma. Por onde começar? Pelos professores, claro! Nesse sentido, começámos por criar uma disciplina para o Departamento. Não que seja grande novidade. Porém, este acto poderá encerrar muito mais importância do que parece à primeira vista: uma importância ecológica.
Nestes dias, fui pegar no índice do dossier do meu departamento (julgo que será igual aos dos outros da minha escola e em tudo semelhantes aos vossos) e comecei a contabilizar as folhas:
· Horários dos professores do departamento – 6 (somos o departamento mais pequeno)
· Convocatórias – 1 por mês
· Ordens de serviço – mais de 100
· Critérios de Avaliação – 4 folhas
· Legislação – 50 folhas (juntem a que saiu desde Janeiro e verão se é pesada ou não)
· Plano anual de actividades – cerca de 70 folhas
· Planificações curriculares – cerca de duas folhas por disciplina e por ano – 52 folhas
· Regimento interno 3 folhas
· Regulamento interno 104 folhas
· Projecto Educativo 34 folhas
· Avaliação de final de período – 10 folhas
· Matrizes de provas globais – 8 folhas
· Relatório anual de actividades – 5 folhas
· Materiais das disciplinas do Departamento – 30 folhas
· Documentação recebida – 20 folhas
· Cópias de Actas – 30 páginas
Não sei se alguém já conseguiu somar, mas eu digo: 535 folhas. Se multiplicarmos este número por 4 Departamentos, ficamos logo com uma ideia da quantidade de papel que gastamos.
Vimos aqui fazer uma proposta: vamos acabar com os dossiês de Departamento e transformá-los em dossiês digitais. O Moodle permite o nível de privacidade necessário e, além disso, coloca ao alcance de todos os professores os documentos importantes exigindo apenas um acesso à internet. Ainda que rapidamente, vamos observar o modo como o nosso departamento organizou a página, lembrando que este projecto ainda está em fase embrionária e, como tal, ainda tem bastantes falhas. (http://agpedrogao-m.ccems.pt/).
Desta forma concluímos o nosso tema recordando que nas relações em dificuldades, não há nada como um novo click para fazer reviver a paixão.
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