Avançar para o conteúdo principal

18 de janeiro de 2013 - Tomada de Posse | Diretor do AE de Martim de Freitas | Coimbra

TOMADA DE POSSE

Ex.mo Sr. Presidente do CG

Ex.mas Sras. Conselheiras e ex.mos Srs. Conselheiros

Ex.mo Sr. Diretor cessante, Dr. Alberto Barreira

Caras alunas e caros alunos,

Exmas. Sras. Presidentes das Associações de Pais,

Ex.ma Srª Diretora do Centro Educativo dos Olivais

Ex.mos Srs Diretores das Escolas/Agrupamentos de Escolas,

Ex.ma Srª. Diretora do CFAE Minerva, Drª Hilda Pinto Gonçalves

Ex.mo Sr. Dr. Henrique Girão

Ex.mo Sr. Dr. Gonçalo Quadros

Ex.ma Sr.ª Coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares, Drª Helena Duque

Ex.ma Srª Dra. Teresa Lacerda, e Ex.ma Srª Drª Elisabete Fiel, eTwinning/ERTE/DGE

Exma Sra. Vereadora da Educação da CMC,

Exmo. Sr. Presidente da União de Freguesia de Eiras e São Paulo de Frades,

Exmo. Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais,

Exmo. Sr. Presidente da Junta da União de Freguesias de Coimbra,

Exmos, Srs. Presidentes, Diretores e/ou representantes das IPSS parceira do Agrupamento

Todas e todos as/os representantes das instituições presentes

Caras e caros Docentes, Assistentes Técnicos e Operacionais

 

Gostaria de começar por fazer alguns agradecimentos que me parecem da mais elementar justiça.

Em primeiro lugar, ao Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Martim de Freitas que confiou no projeto de uma pessoa que desconheciam totalmente, tendo encontrado aí um caminho possível para procurar dar continuidade ao excelente trabalho que tem sido realizado no Agrupamento.

E servem estas palavras que expressar a enorme gratidão do Dr. Alberto Barreira. Venho suceder-lhe, não o venho substituir, pois a marca que deixa faz com que seja insubstituível. O trabalho excecional e de qualidade superior que realizou ao longo destes oito anos com a sua equipa (Drª Cecília, Drª Fátima Félix e Dr. João Nuno Eufrásio) fazem do Agrupamento de Escolas de Martim de Freitas uma das melhores Escolas a nível Nacional

E este agradecimento estende-se ao processo de transição dos cargos de gestão, para o qual têm sido inexcedíveis, procurando garantir que o novo Diretor e a sua equipa tenham ao seu dispor todas as informações necessárias para dar continuidade a tudo o que de Muito Bom tem sido concretizado, de modo a que toda a comunidade se sinta num espaço que é (e deve continuar a ser) de Felicidade.

Porém, não estou sozinho nestes agradecimentos. O pessoal docente quis marcar este momento de despedida e, pedindo desculpas ao Sr. Presidente do CG por quebrar as regras do protocolo, chamo o Dr. Alberto e a sua equipa para que essa gratidão possa ser expressa de uma forma mais simbólica e perdure na memória de todas e de todos o impacto que esta equipa teve no crescimento do Agrupamento.

Agradeço, também, a todas as escolas por onde passei e onde procurei crescer e ajudar a crescer. Desde Montmorillon, em França (a única que não tem aqui nenhum representante), passando pela Escola Secundária de D. Duarte, Agrupamento de Escolas de Pedrógão Grande, Agrupamento de Escolas Ferrer Correia, Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo e, mais recentemente, Agrupamento de Escolas de Infante D. Pedro, em Penela, sublinhando o carinho que sempre senti e que levam que eu tenha a honra de ter aqui presente o último Diretor (Dr. José Manuel Simões) e a última Diretora (Drª Fernanda Dias) que tiveram de gerir a loucura dos projetos em que eu, por vezes, envolvia a escola. Expresso também a minha alegria por vê-los acompanhados por colegas, amigas e amigos, que me desafiaram e me ajudaram a desenvolver como pessoa e como profissional.

Agradeço, ainda, ao Secretariado Diocesano de EMRC por todo o acompanhamento prestado ao longo destes anos, desde a formação inicial.

Uma palavra muito especial para as minhas amigas e para os meus amigos aqui presentes, dizendo-lhes que é um enorme prazer partilhar convosco este momento, esperando de vós aquilo que sempre se espera das pessoas com quem partilhamos uma grande amizade: a vossa opinião sincera perante todas as minhas ações e decisões.

Falta referir a família, o meu esteio e os meus alicerces contra todas as tempestades. Quando tudo falha, a família está sempre lá, mesmo quando o nosso humor não é o melhor. Todavia, consta (e a fonte é segura – o Dr. Alberto) que deixarão de lidar com o meu mau humor. Não porque eu fique miraculosamente curado, mas porque deixarão de me ver. Peço, desde já, desculpa e muita paciência pelos tempos que se avinham.

Faltou, ainda, referir a equipa eTwinning, integrada na ERTE/DGE. Não por esquecimento, mas porque quero pegar no mote da equipa para dar continuidade a esta minha intervenção. Foram anos marcados pela pandemia que me aproximaram de inúmeras escolas e de profissionais de norte a sul do país, incluindo Açores e Madeira. Uma equipa de professoras e professores, com fortes laços de amizade que estão no terreno, pois é dentro da sala de aula que compreendemos o que se passa no sistema educativo português. Durante os anos que integrei a equipa: o nosso ponto de partida sempre foi “professores felizes, alunos felizes, aprendizagens realizadas”. E este mote vai entroncar com o Agrupamento de Escolas de Martim de Freitas que, além de ser a melhor escola do país, é também (e espero que continue a ser) a escola mais feliz do país.

Quando abrirem o meu Projeto de Intervenção, irão encontrar as áreas que considerei prioritárias: Internacionalização, Cidadania, Inclusão, Transição Digital e Comunicação. Mas estas servirão sempre o propósito de ajudar as alunas e os alunos a desenvolver os princípios, as áreas de competência e os valores do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Só faz sentido pensar em desenvolver parcerias internacionais se isso servir para que alunas e alunos contactem com colegas de outros países e percebam que é muito mais aquilo que nos une, apesar das diferenças, do que aquilo que nos separa. Que essas relações permitam que crianças e jovens percam o receio do que não conhecem, de quem é diferente, e que percebam que todos ficamos mais ricos quando procuramos incluir a diferença na nossa vida. Seja ela qual for e em que contexto for. Quando o fizermos de forma natural, deixará de ser necessário termos documentos como a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania ou um Decreto-Lei sobre Inclusão. Nesse dia, quando as todas barreiras forem derrubadas (com a ajuda de todas e de todos nós), quando existir uma verdadeira igualdade de oportunidades para todas e para todos, esse será o dia em que nós, enquanto escola, perceberemos que a nossa Missão estará a ser realizada com sucesso. Até lá, será sempre um caminho que percorremos com ganhos e com aprendizagens.

Nesse caminho, não podemos esquecer a revolução comunicacional associada à transição digital que está em marcha nas escolas, no país, na Europa e em grande parte do Mundo. Um percurso no qual não só não podemos deixar ninguém para trás, como, além disso, deveremos ser o farol que ajuda a encontrar o caminho certo, evitando os perigos que espreitam os barcos incautos que navegam em mares, por vezes, muito turbulentos. E devemos fazê-lo com todas as ferramentas e com todos os meios que temos à nossa disposição, sobretudo aquelas que nos permitem chegar mais perto do nosso público-alvo. As nossas alunas e os nossos alunos têm kits digitais, têm telemóveis inteligentes, têm acesso às novas plataformas de Inteligência Artificial que lhes permitem criar respostas inovadoras a questões difíceis colocadas em testes de avaliação tradicionais. Mas precisam da Escola. É um imperativo ético-moral que não os deixemos à sua sorte na autodescoberta ou na descoberta por pares, sem que nós estejamos lá. O Professor António Nóvoa referia numa conferência muito conhecida que, no dia em que os robôs puderem substituir os professores, nesse dia eles devem ser substituídos. É que a Educação é muito mais do que transmissão de conhecimento. Educar pressupõe uma relação. Perceber o olhar, as angústias, os medos, os sucessos. Educar é, também, colocar o coração/as emoções naquilo que fazemos diariamente. Nenhum robô o conseguirá fazer. Por isso, será sempre artificial.  Mas, sempre que nós o fazemos, estamos a cuidar do bem-estar de crianças e jovens, o que conduzirá à sua felicidade.

Além disso, há um aspeto que nunca podemos descurar: o bem-estar dos profissionais que trabalham na escola e que, com ou sem reconhecimento, fazem sempre o seu melhor pelo bem das alunas e dos alunos. Por isso, precisamos de trabalhar em conjunto para garantir estabilidade e para potenciar o excelente clima de escola do Agrupamento de Escolas de Martim de Freitas (e tantas vezes escutei no meu Mestrado na Faculdade Psicologia e de Ciências da Educação que o segredo do sucesso de uma organização assenta no clima que aí se vive). Estes processos demoram anos a crescer, a desenvolver-se e a sedimentar-se. Por isso, não podemos desperdiçar nenhum momento com experimentalismos de âmbito organizacional, sobretudo quando já provaram a sua enorme desadequação noutras latitudes.

Quase a terminar, não posso deixar de referir a importância que atribuo ao envolvimento das mães, dos pais e Encarregadas/os de Educação na vida da escola, abrindo a porta para que contribuam com dinâmicas enriquecedoras e potenciadoras de bem-estar de toda a comunidade.

Por último, um sublinhado muito importante para a porta que estará sempre aberta a parcerias com as juntas de freguesia, a Câmara Municipal, as Instituições de Ensino Superior, IPSS’s, os clubes desportivos, as ONG’s, outras associações e projetos que possam encontrar no Agrupamento de Escolas de Martim de Freitas o seu parceiro preferencial para as suas atividades.

Estou certo que todas e todos, em conjunto, iremos contribuir para que este Agrupamento continue a ser o mais feliz da cidade de Coimbra, de Portugal, da Europa e do Mundo.

Muito obrigado!

Coimbra, 18 de janeiro de 2023










Comentários

Mensagens populares deste blogue

Turismo (In)Sustentável

Os bons resultados económicos do nosso país nos últimos anos devem-se, em grande medida, ao crescimento do turismo em Portugal. Desde que me lembro, sempre ouvi dizer que este seria um setor estratégico e que deveria ser uma aposta dos governos nacionais. Mas será que apostar no turismo se limita apenas a confiar no empreendedorismo tuga? Será que uns quantos cursos CEF e Profissionais de Turismo serão suficientes para conduzir um setor que se pretende estratégico? Quando em 2013 me desloquei pela primeira à Turquia (Antália, mais propriamente), encontrei alguns pormenores bastante curiosos. Se, por um lado, encontrei os mercados com as tradicionais bancas da especiarias e frutos secos, os vendedores de rua com sumo de laranja (Portakale) e romã feitos  a hora e os tradicionais tapetes (made in Turkey e não num qualquer país do extremo oriente), por outro lado encontrei "diversões" completamente descaracterizadas. Lembro-me especialmente de um barco de recreio com a imagem d