Bilbau 2013 - A minha primeira viagem no quadro de uma parceria de cooperação internacional (à época Comenius), foi à cidade de Bilbao no País Basco, iniciando o projeto "European Digital Stories". Foram 3 dias que serviram para apresentação dos parceiros, clarificação de tarefas, definição de datas e descoberta da forma de trabalhar da Escola que nos acolhia (Centro San Viator). Ao final do dia, tínhamos a oportunidade de passear pelas ruas da cidade e de descobrir um pouco da excecional arquitetura de Bilbau. Como a (quase?) totalidade das cidades espanholas, no fim do dia as pessoas convergem para a Plaza Mayor (Plaza Barria para ser mais preciso) para confraternizar enquanto petiscam umas tapas. Estávamos em novembro e chovia de forma persistente. Por isso, ia ficando impressionado com a quantidade de carrinhos de bebé que circulavam na rua. Tínhamos no nosso grupo uma colega espanhola, grávida de 7 meses, com quem comentei a minha surpresa pela quantidade de bebés na rua, mesmo com o mau tempo. De forma natural, explicou-me que dias sem chuva em Bilbao são muito raros. Por isso, se não saírem com crianças de casa quando chove, então quase nunca podem sair.
Coruña 2018 - Uma das últimas viagens que realizei antes da pandemia foi à Corunha, por alturas do Natal de 2018. Como a agenda era livre, foi possível ir parando nas várias cidades que intermediavam a fronteira com Portugal e o Cabo Finisterra. Aquilo que já conhecia de outras passagens pelo país vizinho, repetia-se também em cada um dos lugares que visitávamos, quer se tratasse de uma grande cidade, quer fosse um lugarejo mais ou menos discreto: alegria, pessoas na rua, um ar de festa e de alegria. Se, nas visitas anteriores, já ficava impressionado pela quantidade de pessoas que circulavam na rua, aqueles dias entre o natal e o ano novo deixavam a ideia no ar de que as casas deveriam estr vazias e que todos os habitantes tinham convergido para as diferentes ruas e vielas. Onde quer que fóssemos, encontrávamos música, artistas de rua, carrinhas de venda de comida, pequenas feiras de Natal, enquadrado por inúmeras exposições relativas à temática do Natal e por iluminações que não deixavam ninguém indiferente e que marcavam de forma indelével a época que se vivia.
Coimbra, 27 de novembro de 2020 - Há um ano, quando regressava a casa depois de uma deslocação em trabalho, não consegui resistir, parei, saí do carro e fui tirar um conjunto de fotografias junto ao Portugal dos Pequenitos. Pela cidade sentia-se a chegada da quadra festiva e as pessoas circulavam nas ruas entre a Igreja de S. Francisco e a Igreja de S. Cruz. Como em todas as cidades que se organizam, Coimbra também sabia que, para garantir que as pessoas fujam dos Centros Comerciais, é necessário tornar apetecível um passeio pelo frio ou, eventualmente, pela chuva que se possa fazer sentir. E resultou...
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