Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

O Chá tomou a Bastilha

A vida de professor oferece-nos verdadeiras pérolas de sabedoria a martelo! Num misto de “cultura estudantil” com recusa sistemática em ouvir falar dos livros, os nossos queridos alunos oferecem-nos momentos de delírio inesquecível na sala de professores, onde trocamos belas prosas, quase poéticas, como se fossem cadernetas onde vamos juntando cromos… Estarão a estremecer psicólogos e pedagogos, como Eduardo Sá ou Daniel Sampaio, ao ler o que agora se segue. É verdade que me custa desapontá-los mas é verdade, nós, professores, também brincamos com os erros dos alunos. Trocamos entre nós esses erros e rimos deles, por vezes até dos alunos que os cometem. Seremos monstros. Claro! Que outro ser não riria ao ler num teste de História do 8º Ano a seguinte resposta: “O significado da Tomada da Bastilha foi entre 1814 e 1815 que foi cercada por três barcos cheios de chá que foram derrotados pela Tomada da Bastilha que foi iniciada em Viena e acabou em Viena.” ? Apenas uma monstruosidade horr

Boston/Bastilha e Viena Party...

(*este post é um aparte à resposta apresentada no anterior, relativamente à tomada da Bastilha) Estou a imaginar a cena, digna de um filme: três barcos deixam o porto de Boston e dirigem-se para a Europa. Ao chegar a França começar a subir o rio Sena até Paris. E é aí que, após carregar os canhões com chá verde e preto, os comandantes dos navios ordenam a destruição total da Tomada da Bastilha. Esta, porém, está preparada! Começa a ripostar com chá de camomila que tinha comprado em Viena, vencendo os navios que seguem nas asas do sonho para essa mesma cidade. Sô dona Tomada da Bastilha muitos parabéns, foi uma excelente vitória. Muito táctica, mas muito bem planeada. Tenha cuidado se aparecer por aí um senhor Napoleão, que poderá muito bem trocá-la por uma Josefina e partir no seu conhecido cavalo branco, rumo ao pôr-do-sol do far west, acompanhado de Ramtamplan, após ter prendido os irmãos Metralha, numa viagem à Lua, conduzida pelos irmãos Dupont et Dupond…

Perguntas!!!

Só ao corrigir exercícios de alunos é que me apercebo como, por vezes, coloco questões estúpidas. E, claro, para perguntas estúpidas, respostas estúpidas!!! Após o visionamento do documentário “Espelho Mágico”, dos Missionários Combonianos, passei um questionário aos alunos. O filme abordava as dificuldades das crianças em países da América Latina e de África. No meio das questões, a nona dizia o seguinte: “O que é preciso fazer para ir ao encontro dos outros?” Foi então que surgiu uma resposta à altura da questão: “IR AO PÉ DELES”. Nem mais...
Sabem qual o maior interesse desta fotografias? ... é que quase conseguia apanhar em flagrante os assaltantes do meu carro. Enquanto me entretinha a fotografar as paisagens de Foz do Arelho (obrigado Luís Sousa), alguem se preocupava em esvaziar o conteúdo do meu carro que está ao fundo, junto da carrinha que está de passagem. O meu intuito com esta foto era de apanhar a gaivota que se vê a voar, na sua expressão plena de liberdade. Não era a única a exprimir-se livremente...

Férias

“INDEFORMAÇÕES” Decorria o ano lectivo de 1993/1994 quando entrou em vigor a Reforma do Sistema Educativo do Ensino Secundário. Para aqueles a quem a memória não permite identificar a qual delas me refiro, acrescento que foi no decurso deste processo que se iniciaram as provas globais nos 10º e 11º anos e Exames Nacionais no 12º Ano. Passámos a ter mais disciplinas do que os nossos colegas, sobretudo no último ano, em que se transitou de um sistema de para um de 8. Esse foi o ano que correspondeu à minha passagem para o 10º anos e, por conseguinte, era mais um dos que eram conhecidos como cobaias do sistema (educativo, claro!). A Matemática nunca fora um problema para mim. Apesar disso, e dada a minha predilecção pelas línguas estrangeiras, optei pelo curso de Humanidades. Além das disciplinas habituais, ainda tínhamos Técnicas de Tradução de Francês e Métodos Quantitativos. Esta última, que pretendia ser uma espécie de matemática, estava vocacionada para a estatística. Nos outros dois

O significado do desportivismo...

Qualquer pessoa que goste de desporto ouviu com tristeza a notícia da morte do co-piloto estónio Marcus Martin. O Peugeot WRC despistou-se durante o rali da Grã-Bretanha, embateu com uma árvore e desse despiste resultou a morte que referi. Como seria de esperar a equipa francesa levou o outro piloto, o finlandês Marccus Grohnolm, a desistir. A partir daqui surge uma lição de desportivismo da equipa Citroën e do seu principal piloto Sébastien Loeb. Este ocupa a primeira posição do campeonato de ralis e com a desistência de Gronhnolm poderia sagrar-se Campeão Mundial, até porque levou vantagem sobre toda a concorrência ao longo do percurso britânico. No entanto, no final da prova Loeb força uma penalização no estacionamento, perdendo dez minutos, ficando em 3º lugar e adiando a decisão sobre o campeonato para a próxima prova. Quando ouvimos dirigentes desportivos de futebol a incendiar os ânimos, zaragatas planeadas entre claques e polícias a disparar sobre jogadores pergunto-me cada vez