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Mensagens

Eleições! E agora?

O período eleitoral terminou. Ainda que os discursos oficiais sejam sempre do ponto de vista do copo meio-cheio, a verdade é que para os dois grandes partidos existem apenas 2 resultados objetivos: a vitória e a derrota. Tudo o resto são formas de procurar sarar as feridas. Por isso mesmo, ao longo desta semana, ainda se sente no ar (e nas redes sociais) a euforia dos vencedores e a azia dos vencidos. Um dos aspetos mais importantes em termos sociais do processo eleitoral é o envolvimento de tantas cidadãs e de tantos cidadãos. De acordo com os dados da CNE, deram entrada cerca de 12370 listas candidatas aos diferentes órgãos das Eleições Autárquicas: Assembleia Municipal, Câmara Municipal e Assembleia de Freguesia (e não Junta de Freguesia como apareceu nos cartazes de diferentes partidos). Números muito acima de 250.000 pessoas que estiveram envolvidas nas candidaturas dos diferentes partidos, coligações e movimentos. O meu foco nestes números prende-se com a participação das e dos

Educar para a Cidadania (na Cidadania)

Uma grande parte das Escolas e Agrupamentos de Escolas do país inicia hoje as atividades letivas. Um dos grandes desafio que (ainda) é colocado diariamente é o da Educação para a Cidadania, através da ação e, consequentemente, educando na Cidadania. No último ano, participei na redação de três textos que aqui partilho. Dois deles diretamente relacionados com a Estratégia Nacional de Edcuação para a Cidadania, foram publicados na Revista Nova-Ágora (do Centro de Formação com o mesmo nome) e no Caderno Temático da Associação Animar. O terceiro, mais generalista, aborda a metodologia de projeto na temática da Herança Cultural (Promoting Cultural Awareness Through International Cooperation - P.127), a partir da operacionalização de um projeto eTwinning. Ficam os links. Bom ano letivo, baseado na promoção de Relações Humanas saudáveis e na empatia!  

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Há alguns anos, no âmbito de um projeto internacional, uma colega dizia-me que não gostava de mudanças. Prezava muito a estabilidade. De algum modo, eu procurava contrapor lembrando que as mudanças são importantes para nos desafiarmos e para que não nos sintamos acomodados. O dia 13 de agosto (sexta-feira) ofereceu-me a oportunidade de provar que acredito nos argumentos que utilizava com outra pessoa e noutro contexto. Foi nesse dia que percebi que o meu local de trabalho passaria a ser outro a partir de 1 de setembro de 2021. Após 13 anos na EBI/JI Prof. Dr. Ferrer Correia (e 11 no Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo, na sequência do processo de fusão dos Agrupamentos), é chegada a hora de esvaziar o cacifo e entregar a chave-mestra... Lembro-me da primeira vez que entrei na escola, ainda durante o mês de agosto, levando comigo o Alexandre, então com 3 meses, ou o nascimento da Beatriz num período um pouco instável do Agrupamento. Lembro os diferentes projetos desenvolvidos, as

Encore un Marquis...

Talvez por 2006 ou 2007, o Grupo Folclórico e Etnográfico de Almagreira acolheu um grupo de Montmorillon (Poitiers - França), onde eu tinha estado em 2001/2002 e onde tinha aprendido uns passos das danças tradicionais da região do Poitou-Charentes. Nas poucas horas que passaram no nosso concelho, pretendemos oferecer uma panorâmica turistica, sobretudo da cidade de Pombal. Assim, conseguimos uma visita guiada pelo centro histórico. E eis que começou o meu grande desafio de tradução, para o qual eu não estava preparado (creio que ainda hoje não estaria). Após alguns minutos de visita, apercebi-me que apenas tínhamos para mostrar bustos e fotos do Marquês de Pombal em diferentes tamanhos e materiais. A certa altura, embaraçado, eu já só dizia "encore un Marquis", que não sendo de Sade, ameaçava tornar a visita um pouco sádica... Alguns anos mais tarde (3 ou 4 não estou certo), levei as minhas turmas de 7° Ano a Belmonte. O objetivo principal era o museu judaico mas,

Cidadania para tod@s

Após a publicação da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, a 15 de setembro de 2017, tenho participado em diversos fóruns de docentes a debater o tema. Em todos os contextos encontrei sempre unanimidade na pertinência do documento mas, simultaneamente, muitas dúvidas... Num desses encontros alguém fazia esta reflexão: "a Estratégia é Nacional, mas apenas é aplicada à Escola". Esta afirmação pode ser abordada por diferentes ângulos. Num deles, aquele que apresentei, poderemos defender que o ponto de partida terá que vir de algum lado e, nesse sentido, a Escola tem um papel fundamental no estabelecimento de parcerias e na concertação de esforços, para promover uma Estratégia Nacional que envolva todos os agentes da comunidade. Mas também não é menos verdade que necessitamos de políticas públicas que promovam e defendam a Cidadania em todos os seus Domínios. No mesmo sentido, a Escola e as organizações da sociedade civil (qualquer que seja o seu âmbito jurídico),

ADE-AED

O aproximar do ano letivo traz consigo a conclusão de alguns projetos que foram decorrendo desde setembro de 2017. É o caso do projeto eTwinning ”All differently Equal - All Equally Different”, no qual participaram alunos e professores do nosso agrupamento, de Itália, da Polónia e da Ucrânia, tendo como centro o respeito pela diversidade. Além de troca de correspondência e de encontros online, a parceria partilhou receitas típicas do país que foram, posteriormente, cozinhadas pelas famílias nos outros países. Tratou-se de mais um exemplo de grande sucesso, em que todos os participantes se envolveram com bastante interesse e disponibilidade, contribuindo para o conhecimento e respeito das diferenças. De referir que este projeto procurou, de algum modo, dar continuidade ao que foi galardoado com o prémio europeu eTwinning na categoria 4 - 11 anos.

Aeroporto? Discuta-se!

Em janeiro de 2014 aterrava pela segunda vez na Turquia. Desta vez tinha um dia para visitar aquela que passou a ser, para mim, uma das cidades mais apelativas entre as que já visitei: Istambul, onde tive a oportunidade de usufruir de uma longa escala de 20 horas. Na verdade, o aparelho que me levara de Paris até lá (não tinha conseguido voo direto), chegava após a saída do avião que me transportaria ao destino final: Merzifon, uma cidade do Norte da Turquia com cerca de 53000 habitantes, situada perto de 3 pontos turísticos importantes: Samsun, Havza e Amásia (na foto). Vivi nesses dias uma experiência diferente de tudo o resto. O avião (um Airbus de grande porte) ia completo. Até aqui nada de novo... Porém, o que aconteceu de seguida é que foi surpreendente. Devo confessar que não terei realizado os "trabalhos de casa" e não pesquisei nada sobre o aeroporto. Tirei bilhete e segui viagem... só depois de aterrar me apercebo que estava num espaço que mais parecia um